Neste artigo vamos entender melhor qual papel dos psicólogos e psiquiatras na vida do dependente químico.
Visto que, nas clínicas de recuperação, onde são feitos os tratamentos para dependentes químicos, este é feito através de uma equipe de multiprofissionais, onde cada um dentro de sua especialidade, contribuem para a recuperação do paciente.
Entre esses especialistas, é muito comum encontrarmos profissionais da área médica em clínica geral, enfermeiros, psicólogos, psiquiatras e nutricionistas, que em conjunto, garantem a recuperação integral dos seus pacientes.
Desta forma, ao dar entrada em uma clínica de recuperação para dependentes químicos, o procedimento mais comum é primeiro fazer uma avaliação geral da condição de saúde física e mental do paciente, para que se conheça os danos causados pelo consumo abusivo de droga no organismo do dependente químico.
Algumas perguntas são feitas ao paciente e/ou ao seu familiar, se for o caso, e entre as perguntas, podem ser feitas as seguintes: idade, problemas de saúde atuais, doenças familiares, qual ou quais as drogas ingeridas, tempo de uso dessa ou dessas drogas e as motivações que fizeram com que o uso delas tenha se iniciado e o levado ao vício.
Essa averiguação inicial, normalmente é feita pelos profissionais da psicologia e psiquiatria, a princípio.
Ao fazer uso de alguma droga, seja ela alcoólica ou não, com algum tipo de regularidade, torna o indivíduo mais seguro de si mesmo, o que passa a sensação de ser estar, seja porque se sente mais desinibido ou por esquecer momentaneamente seus problemas pessoais.
A questão é que, o sistema de recompensa do indivíduo começa a solicitar que a repetição aconteça para que se tenha a mesma sensação novamente e novamente e de novo, levando a pessoa a se tornar viciado na substância e tome dosagens cada vez maiores para repetir a mesma sensação, que aos poucos já não é mais suficiente.
Quando esse uso é interrompido, o usuário dependente começa um processo conhecido como síndrome da abstinência, onde alguns sintomas começam a surgir física e mentalmente.
Qual a diferença entre psicólogos e psiquiatras?
No entanto, é muito comum que as pessoas acabam por confundir os papéis dos psicólogos e psiquiatras, que apesar de se complementarem por semelhanças, o papel dos psicólogos e psiquiatras na vida do dependente químico, são diferentes, começando com a formação acadêmica de cada área.
O psiquiatra, além da sua formação em Psiquiatria como especialização, tem sua formação em medicina.
Para trabalhar em tratamentos para dependentes químicos, esse médico psiquiatra se especializa no diagnóstico e tratamento de doenças que envolvem a saúde mental, entre elas, transtornos de humor, esquizofrenia e outras, por exemplo.
Tendo como principal objetivo, a diminuição e até melhora dos sintomas do paciente, oportunizando uma qualidade de vida melhor a este.
O Psicólogo, no entanto, é formado em Psicologia, atuando de acordo com a metodologia escolhida e seu papel é levar o paciente a compreender as causas que resultam no transtorno mental deste paciente.
Qual o papel do profissional de Psiquiatria?
Existe uma diferença entre o tempo de tratamento entre as especialidades que se dá porque no caso do psiquiatra, o principal objetivo é a diminuição dos sintomas, mas isso não significa que seu papel não seja importante.
Além disso, é importante que enquanto os sintomas existirem em menor ou maior grau, o paciente continue fazendo o acompanhamento psiquiátrico, até que os sintomas estejam sob controle.
E para além do vício, é possível que o psiquiatra, em conjunto com a terapia, descubra outras causas, como possíveis diagnósticos que envolvam transtornos alimentares, de humor, depressão ou ansiedade, por exemplo.
Tal tratamento envolve medicamentos que, no caso de tratamento de recuperação para dependentes químicos, não podem interferir na sua desintoxicação.
Qual o papel do profissional da Psicologia?
O papel do psicólogo na vida do dependente químico é compreender as causas que o levou ao vício da substância que ingere, seja ela uma droga ou álcool e reinseri-lo na sociedade.
Para isso, ele precisa conhecer o caminho percorrido pelo paciente até que se chegue ao vício para trazer a cura.
Ao reintegrar socialmente o dependente, cooperando com este para a compressão dos fatos que o fizeram chegar ao consumo abusivo da substância ao qual é viciado, através das sessões semanais que ocorrem em encontros, ajudando-o no reconhecimento de cada sintoma que representa.
Através de sessões semanais, o psicólogo irá reconhecer o que cada sintoma representa.
Sendo assim, o papel dos psicólogos e psiquiatras na vida do dependente químico, atuando em conjunto para devolver a dignidade e a qualidade de vida a ele.